Incidência de Staphylococcus multirresistentes a antimicrobianos nas mãos dos profissionais de unidade básica de saúde
Data
2017
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Editor
Universidade Brasil
Resumo
A higienização das mãos antes e após qualquer atendimento em saúde é considerada
como uma das medidas de maior relevância para se evitar a disseminação de
infecções a pacientes e à comunidade. Todavia, nem sempre se constata adesão à
prática da higiene das mãos por parte dos profissionais que atuam na área de
atendimento em saúde. Esta pesquisa objetivou investigar a possível ocorrência de
bactérias colonizadas nas mãos de 60 profissionais, antes e após a higienização das
mãos, que exercem suas atividades em uma Unidade Básica de Saúde, na região de
Fernandópolis - SP; investigar a incidência de Staphylococcus multirresistentes a
antimicrobianos nas mãos desses profissionais antes e após a higienização; e discutir
a importância da assepsia e a necessidade de medidas de higiene das mãos para
reduzir a transmissão de micro-organismos. A metodologia da pesquisa, além da
revisão bibliográfica sobre micro-organismos, sua disseminação e a formação de
resistências a antimicrobianos, e sobre a higienização das mãos de profissionais da
saúde, envolveu um questionário para se extrair a percepção dos participantes sobre
a relevância da higienização das mãos e em exames laboratoriais para a detecção da
presença de micro-organismos nas mãos e resistências a antimicrobianos. Os
resultados apontaram que, embora tenham consciência da higiene das mãos no
controle de infecção, 93% dos profissionais admitiram não usar a técnica de forma
adequada na rotina de trabalho, o que mostra a falta de adesão à aplicação rigorosa
da técnica correta. Os exames em laboratório de todas as amostras colhidas das mãos
desses profissionais apontaram altos índices de contaminação por micro-organismos,
que se mantiveram estáveis antes e depois da higienização, ou mesmo apresentaram
elevação desses índices após a limpeza das mãos, uma vez que a maioria dos
profissionais que atuam em atendimento na unidade de saúde não aplicou a técnica
de forma correta. Os resultados de exames laboratoriais de amostras colhidas após a
higienização das mãos revelaram que 53 participantes (88,3%) se mostraram
positivas e apenas 7 (11,6%) foram negativas para a presença de Staphylococcus,
resultados provenientes da falta higienização ou da aplicação incorreta da técnica, oque ressalta na necessidade de utilização da forma correta para a redução do número
de infecções por contaminação por meio das mãos dos profissionais em saúde.
Também apontaram a presença de estafilococos multirresistentes a todos os
antimicrobianos empregados. Esta pesquisa reitera, pois, a necessidade de cuidados
na prescrição e uso de antimicrobianos como meio de se evitar a formação de
multirresistência, a adesão a práticas de higienização simples e com fricção
antisséptica das mãos, e atribui como fator preponderante a orientação e capacitação
dos profissionais de atendimento em saúde sobre suas práticas de rotina quanto à
limpeza das mãos para prevenir a contaminação por micro-organismos e de infecções.
Abstract
Descrição
Palavras-chave
Higiene das mãos, Staphylococcus, Resistência, Antimicrobianos