Estudo da eficiência microbiológica de um sistema de ventilação hospitalar com filtragem HEPA na prevenção de patógenos dispersos no ar
Data
2020
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Brasil
Resumo
A climatização em Centros de Terapia Intensiva (CTI) e Enfermarias configura latente meio de propagação de microrganismos por vias respiratórias, onde pacientes e profissionais da saúde ficam expostos a agentes etiológicos transmitidos por bioaerossóis. Além disso, o contágio efetivado nestes ambientes ratifica a percepção de que a climatização mal projetada; potencializa a transmissão dos patógenos em locais de fluxo constante de indivíduos imunodeprimidos e, portanto, suscetíveis a infecções. Assim, a climatização com filtragem HEPA apresenta-se como a técnica de engenharia hospitalar com efetivo potencial de dirimir a entrada destes agentes contaminantes dispersos no ar. A ocorrência de patógenos desta natureza vem sendo negligenciada nas pesquisas científicas tornando-se objeto de estudos mais recentes, mas que ainda carecem de maior volume de debates. Objetivo da pesquisa consistiu em avaliar a eficiência microbiológica nos sistemas de climatização com filtragem HEPA em um hospital (CTI e enfermarias), na prevenção da disseminação das doenças pulmonares de transmissão por via aérea. O método utilizado foi da coleta das amostras de ar através do método de impactação ativa, em um período de 32 semanas no centro de terapia intensiva e nas enfermarias. Os resultados identificaram 67% de fungos e 33% de bactérias com suas respectivas subcategorias. A contagem das unidades formadoras de colônia (UFC) foi superior ao preconizado pela norma vigente. A conclusão do estudo evidencia que o ar dos hospitais é uma via de transmissão e persistência de microrganismos multirresistentes e sugere a necessidade de revisão das normas que abordam sobre o uso dos filtros HEPA, fluxo laminar, pressão negativa, trocas de ar, validação do leito e metodologia de detecção, necessárias nos ambientes hospitalares.
Abstract
Air conditioning in Intensive Care Centers (ICUs) and Wards is a latent means of propagating microorganisms through the respiratory tract, where patients and health professionals are exposed to etiologic agents transmitted by bioaerosols. In addition, the contagion in these environments confirms the perception that poorly designed air conditioning; it potentiates the transmission of pathogens in places of constant flow of immunosuppressed individuals and, therefore, susceptible to infections. Thus, air conditioning with HEPA filtration presents itself as a hospital engineering technique with an effective potential to reduce the entry of these contaminating agents dispersed in the air. The occurrence of pathogens of this nature has been neglected in scientific research, becoming the object of more recent studies, but which still require a greater volume of debate. Research objective consisted of evaluating the microbiological efficiency of HEPA filtering air conditioning systems in a hospital (CTI and wards), in preventing the spread of airborne lung diseases. The method used was the collection of air samples through the active impaction method, over a period of 32 weeks in the intensive care unit and in the wards. The results identified 67% of fungi and 33% of bacteria with their respective subcategories. The counting of colony-forming units (CFU) was higher than that recommended by the current regulation. The conclusion of the study shows that hospital air is a route of transmission and persistence of multi resistant microorganisms and suggests the need to review the rules that address the use of HEPA filters, laminar flow, negative pressure, air changes, bed validation and detection methodology, necessary in hospital environments.
Descrição
Palavras-chave
Ambiente hospitalar, Filtro HEPA, Bioaerossóis, Sistemas de Climatização