Protocolo de exercício físico de curta duração na redução de riscos cardiovasculares em adolescentes

Abstract

A prática de atividade física na escola é uma importante estratégia para promover a saúde cardiovascular em adolescentes. Estudos indicam que a atividade física regular melhora a aptidão cardiorrespiratória e reduz fatores de risco cardiovascular nessa população. Portanto, é fundamental incentivar a prática de atividade física entre adolescentes, especialmente na escola. Objetivo: Analisar o efeito de um protocolo de treinamento físico nos fatores de riscos cardiovasculares entre adolescentes do ensino médio. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, experimental e prospectivo de intervenção, analítico com abordagem epidemiológica. Foi realizado no IFTO/Campus Colinas do Tocantins com 48 adolescentes entre 15 e 18 anos, sendo subdivididos em grupo 1, que não participou da intervenção, e grupo 2 que realizou a intervenção, contemplando 5 etapas: 1ª Coleta de dados Socioclínico e Medidas Antropométricas, 2ª Processamento e análise do Sinal Cardíaco, 3ª Coleta sanguínea e Análises bioquímicas, 4ª Teste de Vai-e-Vem (20m) de Léger, e 5ª Intervenção, sendo que, com exceção dos dados socioclínicos, todas as outras etapas foram realizadas antes e após a realização da intervenção. Resultados: Observou-se melhora significativa no grupo 2, em que houve a intervenção com aplicação do protocolo de treinamento físico antes da atividade física extraclasse, apresentando uma melhora de 11,1% entre adolescentes com a aptidão cardiorrespiratória regular contra 6,7% no grupo 1 que participou das aulas de educação física. Salienta ainda que após a realização das aulas de educação física, foi possível observar que a maior média do IMC e gordura corporal continuou sendo associada à aptidão cardiorrespiratória inadequada (p=0,016, p=0,164), fato que não ocorreu com o grupo 2, demonstrando assim, efeitos positivos da intervenção na aptidão cardiorrespiratória dos adolescentes. No grupo 1, as aulas de educação física demonstraram efeito no fator de risco cardiovascular relacionado ao percentual de gordura corporal, em que houve redução na mediana de (-23,85mm) com (p=<0,001). Conclusão: A intervenção demonstrou eficácia na melhora significativa da aptidão cardiorrespiratória, e a correlação moderada entre a VFC e o VO2máx demonstra os benefícios da intervenção para melhora da adaptação do sistema nervoso autônomo, melhorando a capacidade cardiorrespiratória dessa população.