Utilização de óleos ozonizados para o controle de agentes causadores de periodontite canina

Abstract

A periodontite é a afecção oral mais comum nos animais de companhia, principalmente os senis, caracterizando-se pelo acometimento do periodonto. Esta enfermidade é a principal causa de perda de dentes em cães e gatos. Deste modo, o objetivo nesta pesquisa foi avaliar a eficácia de óleos ozonizados no controle in vitro de agentes causadores da periodontite canina. Foram selecionadas cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli isoladas de cães diagnosticados com doença periodontal Grau 3. As bactérias passaram novamente por processo de identificação por meio da realização da coloração de Gram e provas bioquímicas. Para os testes de susceptibilidade foram utilizados óleos de oliva, girassol e coco ozonizados. As bactérias foram semeadas em placas de Petri contendo Ágar TSA e em seguida fora adicionado discos de papel filtro contendo10,15,20 e 25μL de óleo ozonizado e no centro de cada placa um disco de antibiótico ciprofloxacina 5μg. As placas foram colocadas na estufa BOD a 37° para incubação e procedeu-se a leitura em 24 horas, por meio da averiguação e medição de halos de inibição de crescimento. Os resultados obtidos foram tabulados e submetidos à análise de acordo com a avaliação pela escala de Duraffourd e expostos em formato de tabelas. Notou-se nesta pesquisa que o óleo ozonizado de oliva apresentou efeito inibitório frente a Staphylococcus aureus e o de girassol frente a E. coli isolados de cães com doença periodontal. Os halos de inibição foram de 10 e 12 mm, ou seja, nas concentrações utilizadas, os microrganismos testados apresentaram baixa sensibilidade frente aos óleos ozonizados de girassol e oliva. Conclui-se que, as cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli isoladas de cães que apresentaram doença periodontal Grau 3 apresentaram baixa sensibilidade in vitro ao óleo ozonizado de oliva e girassol, spectivamente. Este fato demonstra a necessidade de mais estudos com relação ao uso de óleos ozonizados na tentativa de viabilizar sua utilização in vivo, pois os óleos apresentaram, mesmo que baixa, ação inibitória dos patógenos.