Perfil epidemiológico dos casos de síndrome respiratória aguda grave no estado de Minas Gerais, Brasil, 2020 a 2021
Data
2022
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Editor
Universidade Brasil
Resumo
O aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
associada ao Sars-CoV-2 originou uma das maiores emergências mundiais de saúde
pública. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o perfil epidemiológico da SRAG no
estado de Minas Gerais, durante 2020 e 2021. Realizou-se uma pesquisa transversal,
descritiva, retrospectiva e qualiquantitativa que utilizou como unidade de análise o
estado de Minas Gerais. Os dados foram coletados do sistema SIVEP-Gripe e Painel
de Monitoramento dos Casos de COVID-19, dos anos de 2020 e 2021. As variáveis
analisadas foram: total casos de COVID-19, total de SRAG e SRAG por COVID-19,
idade, sexo, raça, classificação final e evolução final. Os dados foram cadastrados em
planilha, analisados e divulgados em formato de gráficos, tabelas e gráficos. O estado
apresentou 315.726 casos de SRAG, e destes 58,6% foram causados pelo Sars-CoV2. A maioria dos indivíduos que apresentaram SRAG eram do sexo masculino
(53,2%), faixa etária de 60 anos acima (50,9%), e a raça parda (45,4%). Dentre os
casos de SRAG, 23,3% evoluíram para óbito, e destes 77,6% tinham como causa
base a COVID-19. As regionais de Uberlândia, Belo Horizonte, Coronel Fabriciano,
Patos de Minas, Uberaba, Ituiutaba, Leopoldina, Governador Valadares e Juiz de Fora
apresentaram as maiores ocorrências de SRAG/1000 habitantes. As regionais São
João Del Rei, Teófilo Otoni, Passos e Uberaba destacaram-se por apresentar elevada
taxa de letalidade dos pacientes que apresentaram SRAG por COVID-19. Conclui-se
que a distribuição dos casos e óbitos notificados de SRAG em Minas Gerais foi
heterogênea, com número maior de casos em municípios com maior densidade
demográfica. As questões elencadas nesta pesquisa apontaram as deficiências,
fragilidades e diversidades nas capacidades de resposta ao enfrentamento da
pandemia o que indica a necessidade de descentralização e reestruração do sistema
de saúde de diversos municípios do estado.
Abstract
The increase in the number of cases of Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS)
associated with Sars-CoV-2 has originated one of the largest public health
emergencies worldwide. This study was developed to examine the epidemiological
profile of SARS in the state of Minas Gerais during 2020 and 2021. A cross-sectional,
descriptive, retrospective, and qualitative-quantitative investigation was carried out
using the state of Minas Gerais as the unit of analysis. Data were collected from the
SIVEP-Gripe (Flu) system and the COVID-19 Case Monitoring Panel, for the years
2020 and 2021. The following variables were analyzed: total COVID-19 cases, total
SARS and SARS due to COVID-19, age, gender, race, final classification, and
evolution outcome. The data were entered in a spreadsheet, analyzed, and published
in the form of graphs, tables, and graphs. The state had 315,726 cases of SARS, of
which 58.6% were caused by Sars-CoV-2. Most individuals who had SARS were male
(53.2%), aged over 60 years (50.9%), and mixed-race (45.4%). Among the SARS
cases, 23.3% evolved to death, and, of these, 77.6% had COVID-19 as the underlying
cause. The regions of Uberlândia, Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Patos de
Minas, Uberaba, Ituiutaba, Leopoldina, Governador Valadares, and Juiz de Fora had
the highest occurrences of SARS/1000 inhabitants. The regions of São João Del Rei,
Teófilo Otoni, Passos, and Uberaba stood out with a high lethality rate of patients who
had SARS due to COVID-19. The distribution of reported SARS cases and deaths in
Minas Gerais was heterogeneous, with a greater number of cases occurring in
municipalities with higher population density. The questions presented in this study
revealed the deficiencies, weaknesses, and diversities in the response capacities to
face the pandemic, suggesting the need for decentralization and restructuring of the
health system of several municipalities in the state.
Descrição
Palavras-chave
COVID-19, Epidemiologia descritiva, Sars-Cov-2, SRAG