Utilização de adubos verdes na recuperação de um argissolo degradado = green fertilizers use in recovery of a degraded ultisol

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Data

2016

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Universidade Brasil

Resumo

O aumento de áreas degradadas devido à má utilização do solo vem aumentando ano a ano, sendo a semeadura de adubos verdes uma das alternativas para a sua recuperação. O uso de uma espécie vegetal correta (alto poder de germinação em condição adversa e boa cobertura do solo) garante o sucesso na recuperação desses ambientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o tipo de germinação (epígeo e hipógeo) e o vigor da semente na capacidade de emergência de diversas espécies vegetais em um solo submetido a diferentes densidades. Além disso, estas espécies foram semeadas em área de empréstimo (degradada) com o objetivo de avaliar o seu desempenho e interferência na melhoria de atributos químicos e físicos do solo. Em casa de vegetação, o delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2, sendo os tratamentos principais as diferentes densidades do solo (1,50, 1,75 e 1,85 g cm-3) e os secundários os níveis de vigor (alto e médio), avaliados para seis espécies vegetais (crotalária, guandu forrageiro, guandu anão, feijão de porco, brachiaria e sorgo forrageiro) com diferentes formas de germinação (epígea e hipógea para dicotiledôneas e hipógea para monocotiledôneas) com quatro repetições de 25 sementes. Em campo, o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com gramíneas e leguminosas, que foram combinadas ou não (testemunha/vegetação espontânea, guandu arbóreo, guandu anão, crotalária, mucuna preta, feijão de porco, milheto, brachiaria, sorgo forrageiro, guandu arbóreo+brachiaria, guandu anão+brachiaria, crotalaria+brachiaria, mucuna preta+brachiaria e feijão de porco+brachiaria). As avaliações realizadas em casa de vegetação foram: porcentagem e velocidade de emergência; fitomassa úmida e seca da parte aérea e da raiz; altura da plântula e densidade do solo e no campo: densidade do solo; análise química do solo e massa seca da parte aérea em 1 m2. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância empregando-se o teste F e as médias, quando significativas, foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de probabilidade. Concluiu-se que o tipo de germinação, epígeo ou hipógeo, não interfere na resposta da semente quanto a sua emergência e desenvolvimento da plântula em solos de alta densidade. Para todas as espécies avaliadas, com exceção do feijão deporco, na densidade de 1,75 g cm-3 ocorre o maior desenvolvimento da parte aérea e da raiz das plântulas. Para o guandu-anão, feijão de porco e sorgo, em solos com alta densidade, as melhores respostas são obtidas com sementes de alto vigor, havendo, portanto, interferência da qualidade fisiológica da semente no seu desempenho. O feijão de porco pode ser utilizado em áreas degradadas e compactadas, por possuir um elevado desempenho inicial de suas sementes e um vigoroso sistema radicular. A semeadura de espécies vegetais em áreas degradadas independentemente se mono ou dicotiledôneas, com germinação epígea ou hipógea, de forma isolada ou em consórcio com brachiaria, auxilia na melhoria das características físicas do solo, não interferindo, porém, nas características químicas do solo em um primeiro ano de cultivo.

Abstract

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Palavras-chave

Germinação, Solo compactado, Cobertura vegetal

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