Ozonização de Castanhas de Caju e do Brasil para o controle de fungos filamentosos
Data
2020
Autores
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Editor
Universidade Brasil
Resumo
A contaminação de castanhas por fungos filamentosos, produtores de micotoxinas, é
considerada um grave problema de saúde pública, o que torna fundamental seu
controle para a obtenção de um produto de qualidade e seguro para o consumidor.
Assim, o objetivo nesta pesquisa foi avaliar o efeito fungicida do ozônio contra fungos
filamentosos isolados de castanhas de caju e do Brasil. Para isso, utilizou-se 10
amostras de castanhas comercializadas a granel no município de Fernandópolis - SP,
no período de outubro a dezembro de 2019. A pesquisa de fungos filamentosos foi
realizada por meio do método de diluição seriada e plaqueamento em Ágar Batata
Dextrose. As placas foram incubadas a 25ºC por 5 dias, e em seguida realizou-se a
contagem de colônias e a identificação dos gêneros pela observação das
características macroscópicas e estruturas micromorfológicas. Para o teste da eficácia
do ozônio, 25g de castanhas foram diluídas em 225 mL de água peptonada a 1%.
Este material foi exposto ao ozônio em diferentes tempos (5, 10, 15, 20, 25 e 30
minutos). Em cada intervalo de tempo, alíquotas de 0,1 mL foram inoculadas em
triplicata, em placas de Petri contendo Ágar Batata Dextrose, para determinação da
concentração fungicida mínima (CFM). Após a tabulação dos dados coletados foram
exercidas duas funções de análises estatísticas: descritiva e inferencial. Os dados
foram replicados de forma absoluta e relativa. Já no âmbito inferencial, utilizou-se, o
teste Teste T Pareado. A microbiota fúngica foi detectada em todas as amostras
analisadas, sendo que em 70% destas, mais de um gênero foi isolado. Foram isolados
os gêneros: Aspergillus, Penicillium, Cladosporium, Curvularia, Absidia e Rhizopus.
Com a utilização do ozônio pode-se constatar redução média de 96,5% dos fungos
em até 30 minutos de exposição. Concluiu-se que a ozonização se mostrou eficiente
na inativação de fungos filamentosos e consequentemente, na prevenção da síntese
de micotoxinas.
Abstract
The contamination of chestnuts by filamentous fungi, which produce mycotoxins, is
considered a serious public health problem, which makes its control essential to obtain
a quality and safe product for the consumer. Thus, the objective of this research was
to evaluate the fungicidal effect of ozone against filamentous fungi isolated from
cashew nuts and Brazil nuts. For this, 10 samples of chestnuts commercialized in bulk
were used in the municipality of Fernandópolis – SP, from october to december, 2019.
The search for filamentous fungi was carried out using the serial dilution method and
plating on Potato Dextrose Agar. The dishes were incubated at 25ºC for 5 days, then
the colony counts and genera identification were performed by observing the
macroscopic characteristics and micromorphological structures. To test the
effectiveness of ozone, 25g of chestnuts were diluted in 225 mL of 1% peptone water.
This material was exposed to ozone at different times (5, 10, 15, 20, 25 and 30
minutes). In each time interval, 0,1 mL aliquots were inoculated in triplicate, in Petri
dishes containing Potato Dextrose Agar, to determine the minimum fungicidal
concentration (MFC). After tabulation of the collected data, two statistical analysis
functions were performed: descriptive and inferential. The data were replicated in an
absolute and relative way. In the inferential scope, the test Paired T Test was used.
The fungal microbiota was detected in all samples analyzed, and in 70% of these, more
than one genus was isolated. The genera were isolated: Aspergillus, Penicillium,
Cladosporium, Curvularia, Absidia and Rhizopus. With the use of ozone, an average
reduction of 96.5% of fungi can be seen in up to 30 minutes of exposure. It was
concluded that ozonation was efficient in inactivating filamentous fungi and,
consequently, in preventing mycotoxin synthesis.
Descrição
Palavras-chave
Micotoxinas, Ozônio, Segurança dos alimentos