Relações de Gênero na Infância: Uma Experiência na Escola Democrática
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Universidade Brasil
Resumo
Descrição
Este artigo examina a construção social do gênero, procurando entender como as crianças de uma escola particular com princípios democráticos na cidade de São Paulo elaboram as interações de gênero. O trabalho parte da hipótese de que um espaço pedagógico libertário pode criar possibilidades de construção de um caminho na busca por relações sociais infantis que não siga padrões binários sexuais rígidos. Assim, buscou-se observar quais eram as concepções de feminilidade e masculinidade no ambiente escolar e, também, em que momentos os pertencimentos de gênero foram flexíveis nas escolhas individuais e coletivas, se causavam distanciamentos ou aproximações, conflitos ou parcerias. Por meio das abordagens dos Estudos Sociais da Infância e dos Estudos sobre as Relações de Gênero, a pesquisa de campo foi realizada no primeiro semestre de 2014, com 21 alunos e alunas entre 6 e 21 anos. Os resultados apontam para um ambiente aberto a novas construções e ressignificações devido à permanente transitoriedade de pesquisadores e estagiários, assim como de alunos, alunas, educadores e educadoras. A abertura às novas aprendizagens e a novas formas de pensar, assim como a abertura do espaço educacional para a comunidade, proporciona debates e reflexões que podem motivar uma nova forma de lidar com o conhecimento, desconstruindo eventualmente concepções que causam desigualdades sociais.
Abstract
This article examines the social construction of gender in children, trying to understand how children from a private school with democratic principles in the city of São Paulo elaborate gender interactions. The work starts from the hypothesis that a libertarian pedagogical space can create possibilities for building a path in the search for children's social relationships that do not follow rigid sexual binary patterns. Thus, we sought to observe which were the conceptions of femininity and masculinity in the researched school environment and, also, in which moments the belongings of gender were flexible in the individual and collective choices, if they caused distances or approximations, conflicts or partnerships. Through the approaches of Social Studies of Childhood and Studies on Gender Relations, the field research was carried out in the first semester of 2014, with 21 male and female students between 6 and 21 years old. The results point to an environment open to new constructions and resignifications due to the permanent transience of researchers and trainees, as well as students, male and female educators. The openness to new learning and new ways of thinking, as well as the opening of the educational space to the community, provides debates and reflections that can motivate a new way of dealing with knowledge, eventually deconstructing conceptions that cause social inequalities.
Palavras-chave
Educação, Escola Democrática, Ambiente Escolar, Gênero, Infância