Estudo comparativo de aerocistite aguda por bacterinas e inóculos vivos Streptococcus agalalactiae em tilápias do Nilo, Oreochormis niloticus

Abstract

Partindo do significativo crescimento da atividade piscícola na economia brasileira e da necessidade de se compreender os mecanismos de defesa dos peixes para auxiliar no manejo sanitário das criações, esta investigação teve por objetivos avaliar a evolução da reação inflamatória aguda em tilápias do Nilo, Oreochromis niloticus, através de aerocistite induzida por bacterina ou pela inoculação de Streptococcus agalactiae viva. Para tal, foram utilizadas 56 tilápias, jovens, acondicionados em 7 aquários (n=8), com capacidade de 100 L de água cada, abastecidos com água corrente desprovida de cloro, proveniente de poço artesiano com vazão de 1 L/min., sendo constituídos os seguintes tratamentos: T1 (inoculado com bacterina de S. agalactiae) e T2 (inoculado com S. agalactiae viva). Foram avaliados oito animais por tratamento em três períodos, isto é: seis, 24 e 48 horas pós-inoculação, totalizando 6 grupos para colheita do exsudato presente na bexiga natatória e de amostras de sangue para determinação do hemograma, um sétimo grupo de 8 peixes foi avaliado sem ser submetido a nenhum tipo de estímulo para obtenção dos valores de referência (padrão fisiológico). O estudo da reação inflamatória aguda em tilápias do Nilo, O. niloticus, em aerocistite induzida por bacterina ou pela inoculação de S. agalactiae vivos revelou trombocitopenia e leucopenia com marcada linfopenia e neutropenia, sendo estes achados mais significativos em peixes inoculados com a bactéria viva. A reação inflamatória resultou em aumento de hemoglobina, VCM e CHCM, associado ao aumento sérico de proteínas, glicose e diminuição somática esplênica, demonstrando o estresse que representou o estímulo inflamatório aos peixes.