Correlação entre os fatores ambientais e a incidência de dengue no município de Fernandópolis - SP = correlation between environmental factors and the incidence of dengue in Fernandópolis city - SP
Data
2013
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Editor
Universidade Camilo Castelo Branco
Resumo
Um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, atualmente é a
incidência de doenças transmissíveis por vetores, dentre os quais, pode-se destacar
a dengue. O município de Fernandópolis encontra-se entre os 25% dos municípios
paulista com maiores números de casos de dengue, em função das características
ambientais favoráveis. Deste modo, uma forma de favorecer o controle da incidência
da doença é minimizar as características ambientais que favorecem a proliferação
do seu vetor. Portanto o presenteestudo teve como objetivo correlacionar os fatores
ambientais com a incidência da doença no município de Fernandópolis - SP, com o
uso de modelos matemáticos. Para isto, foram estabelecidos modelos matemáticos
da resposta dos casos de dengue em função de variáveis ambientais espaciais
(relacionadas ao ambiente urbano) e temporais (relativos ao clima), por meio de
análises de regressão múltipla. Para as variáveis espaciais, densidade demográfica,
renda bruta per capita, distância dos cursos d’água, área de terrenos livres de
construções, cobertura arbórea e densidade de árvores, foram obtidos dados de 84
bairros do município. Da análise das variáveis temporais, temperatura média mensal,
precipitação mensal e frequência de chuvas, foram obtidos os dados dos anos de
2009, 2010 e 2011, a partir da estação meteorológica do município. Os dados dos
casos positivos de dengue, por bairro e por mês, foram obtidos dos anos de 2009,
2010 e 2011. Os resultados demonstraram que o melhor modelo de resposta dos
casos positivos de dengue em função das variáveis temporais foi para as médias da
frequência de chuvas do penúltimo mês (2 meses antes) ao período de ocorrência
de casos de dengue, sendo que incidências de dengue acima de 100 casos por
100.000 habitantes no município poderão ocorrer, se o penúltimo mês ao período de
ocorrência apresentar 19 dias por mês de frequência de chuvas. Dentre as variáveis
espaciais analisadas, o modelo foi significativo somente com as áreas de terrenos
livres de construção e densidade demográfica, embora com uma baixa qualidade do
ajuste. Considerando este modelo, espera-se que bairros com densidadesdemográficas abaixo de 1000 habitantes por quilômetro quadrado de no máximo
42% de área livre de construção, sejam locais de maior suscetibilidade a incidência
de dengue, com uma expectativa de aproximadamente 50 casos por 1000
habitantes. Com isso, recomenda-se que o planejamento municipal dos bairros seja
realizado prevendo um mínimo de 58% de área livre de construção e com
densidades demográficas mínimas de 3.500 habitantes por quilômetro quadrado.
Abstract
Descrição
Palavras-chave
Aedes aegypti, Epidemias, Saúde ambiental