Lei da biossegurança: questionáveis constitucionalidade e sustentabilidade = biosecurity law: questionable constitutionality and sustainability
Data
2019
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Editor
Universidade Brasil
Resumo
Este trabalho tem por objeto o estudo de certos aspectos da Lei da Biossegurança,
notadamente na parte que trata da atuação da Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança – CTNBio no que concerne às deliberações sobre as atividades
relacionadas aos organismos geneticamente modificados – OGM. Nessa parte, além
da atribuição de deliberar se tais atividades são suscetíveis de causarem degradação
do meio ambiente, é prevista a possibilidade de dispensa de licenciamento ambiental
e, por conseguinte, de estudo prévio de impacto ambiental – EIA, que a Constituição
Federal preconiza como de realização obrigatória para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente. Em face
disso, é suscitada a hipótese de inconstitucionalidade da Lei da Biossegurança.
Assim, constituem objetivo geral analisar essa provável inconstitucionalidade e
objetivos específicos demonstrar as consequências e apontar para possíveis
resoluções. O estudo foi realizado mediante pesquisa teórica bibliográfica e
documental, e com adoção do método explicativo analítico. Como resultados
percebeu-se que tais atividades que são objetos das deliberações da CTNBio podem
causar degradação do meio ambiente e que habitualmente ocorre dispensa de
licenciamento ambiental e EIA. Concluiu-se que a Lei da Biossegurança se mostra
inconstitucional nesse particular. Portanto, restou confirmada a hipótese suscitada, o
que representa sério problema de insegurança jurídica que reflete, inclusive, no plano
internacional. E, também, essa situação expõe o meio ambiente e a saúde da
população brasileira ao risco de danos graves ou irreversíveis, comprometendo a
biotecnologia resultante da engenharia genética e colocando em questão a
sustentabilidade.
Abstract
Descrição
Palavras-chave
OGM, EIA, Dispensa, Inconstitucionalidade