Influência de fontes de vanádio na fermentação ruminal in vitro

Abstract

O papel do vanádio (V) no organismo de animais de produção é pouco conhecido. Os complexos de V vêm se tornando agentes farmacológicos muito promissores devido suas propriedades biológicas. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de fontes de V (complexo e inorgânica) e de suas concentrações, no meio de fermentação ruminal in vitro, sobre a cinética de produção de gases e degradação da matéria seca. O ensaio foi instalado no Laboratório de Nutrição Animal e Biogeoquímica da Universidade Brasil, campus de Descalvado/SP em delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema de análise fatorial 2x5x6, com 5 repetições por tratamento. O fator principal (Fator A) foi constituído por 2 tratamentos (V inorgânico e V complexo), o fator secundário (Fator B), por cinco concentrações no meio de incubação (0; 0,25; 0,50; 1,0; e 2,0 mg de V/L) e o fator terciário (Fator C) os tempos de incubação (3, 6, 12, 24, 48 e 72 horas). Nos tempos de incubação foi mensurada a produção de gases e a degradação da matéria seca (DIVMS). A inclusão do V complexo, nas concentrações avaliadas, promoveu menor produção de gases em relação ao tratamento sem inclusão de V. Na degradação in vitro da matéria seca, as fontes de V não diferiram entre si e não apresentaram interações significativas com as concentrações de V no meio de incubação e os tempos avaliados. Em 24h, os tratamentos com adição de V apresentaram maior DIVMS e, após 24 h, a dose de 1 mg/L apresentou a menor taxa de degradação quando comparado com o tratamento sem inclusão de V, os demais tratamentos não diferiram da testemunha. A fonte de vanádio complexo reduziu a produção de gases acumulada. Conclui-se que as fontes de V avaliadas comportam-se de modo semelhante na DIVMS, no entanto, a fonte complexada proporciona menor produção de gases in vitro sem comprometer a degradação da matéria seca com 72 horas de incubação.