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A cultura do milho requer que suas exigências nutricionais sejam plenamente
atendidas, para expressar todo o seu potencial produtivo, sendo que nitrogênio é o
nutriente exigido em maior quantidade pela cultura. Dessa forma é de suma
importância determinar a fonte, a quantidade e a época de aplicação de N, buscando
sempre alcançar a máxima eficiência econômica. Este trabalho teve como objetivo
avaliar a resposta da cultura do milho, quando submetida a diferentes doses de
nitrogênio em cobertura, bem como a viabilidade econômica dessa aplicação,
avaliando as características de peso de espigas, peso total de grãos, peso de 1000
e 100 grãos, altura de inserção da primeira espiga, diâmetro e comprimento da
espiga e % de grãos ardidos. O experimento foi conduzido no Centro Experimental
da Universidade Brasil, localizado em Descalvado, SP., no delineamento em blocos
ao acaso, com quatro repetições e cinco tratamentos, sendo: doses de N (fonte
nitrato de amônio) com aplicação em cobertura (0, 50, 100, 200 e 300 kg ha-1), as
unidades experimentais foram constituídas de quatro linhas de 0,70m entre si e
comprimento de 5m, com área útil de duas linhas centrais. Na semeadura todas as
unidades experimentais receberam 800 kg ha-1 da formula 4-14-8, o híbrido de milho
escolhido foi o BM709 PRÓ 2. Quando o teor de umidade de grãos atingiu em
média 13%, o experimento foi colhido e os dados coletados foram submetidos à
análise de regressão ao nível de 5% de probabilidade, considerando os seus
componentes lineares e quadráticos, com o auxílio do software ASSISTAT. Os
valores de produtividade de grãos demonstraram o bom desempenho do milho
híbrido, sendo de 7625; 8257, 8113; 7981; 8322 kg ha-1 nas doses 0, 50, 100, 200 e
300 kg ha-1 de N, respectivamente, porém, em relação a testemunha (dose 0) o
maior valor foi superior em apenas 9%. Somado a isso, ao avaliar a porcentagem de
grãos ardidos, embora sem efeito significativo de nitrogênio, houve um
comportamento de acréscimos em doses mais elevadas, comprometendo assim a
qualidade de grãos em níveis de N entre 100 e 300 kg ha-1, interferindo nos valores
pagos ao produtor. Na análise econômica, o maior Retorno Econômico foi obtido na
dose 50 kg ha-1 de N, obtendo-se 8%, enquanto que na dose de 100 kg ha-1 este
retorno caiu para 1% e, nas doses de 200 kg ha-1 e 300 kg ha-1 os valores foram de
-4,8% e -0,7%, respectivamente. Nas condições em que este experimento foi
conduzido e com base nas análises efetuadas, pode-se concluir que a aplicação de
nitrogênio em cobertura na cultura do milho, não tem efeito significativo sobre a
produtividade de grãos e, em doses elevadas é prejudicial à qualidade dos grãos.
Porém, o retorno econômico favorável à aplicação de N em cobertura, com máximo
desempenho econômico foi obtido na dose de 50 kg ha-1, sendo que aplicação de
doses elevadas de N representou prejuízo para o produtor rural. |
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