Abstract:O aumento na produção e consumo de medicamentos associado ao seu descarte
incorreto pode comprometer a saúde humana e ambiental. Esta pesquisa objetivou
avaliar a forma de descarte de medicamentos e a percepção dos danos ao meio
ambiente pela população de Frutal – MG, Brasil. Como metodologia, foi elaborado um
questionário via Google Forms (plataforma livre e gratuita) com perguntas de múltipla
escolha sobre faixa etária; sexo; renda; escolaridade; descarte de embalagens,
medicamento, fármacos vencidos; devolução para as farmácias; armazenagem;
conhecimento da população sobre danos causados ao meio ambiente. O estudo
permitiu atingir uma inferência de 3,20% de confiança e 99% de confiabilidade dentro
da amostra coletada. O questionário foi respondido por 1.561 pessoas do município.
Os resultados mostraram que a faixa etária prevalente foi entre 18 a 29 anos (32,9%).
Observou-se que 70,5% das respostas foram do sexo feminino, renda de 1 a 2 salários
(27,3%), maioria com ensino superior (27,8%); 92,7% da população faz o descarte
incorreto e somente 7,3% de forma devida; 62,7% das pessoas disseram causar dano
ao solo ao descartar medicamentos indevidamente, 62,3% causar dano à água, 47,5%
dano à saúde e à população e 1,7% que não existe contaminação ao fazer o descarte
indevido de medicamentos. Concluiu-se que a população demonstrou entendimento
quanto ao dano causado ao meio ambiente em relação ao descarte incorreto, mas é
necessária uma intervenção principalmente de como fazer esse descarte
adequadamente.