Abstract:Com o crescimento populacional simultâneo a expansão urbana, as zonas naturais e
rurais foram ocupadas pelo ambiente urbano, surgindo diversos problemas
decorrentes da interação da cidade com o ambiente, com destaque para os
desastres naturais. Dentre os desastres naturais, os alagamentos são um dos que
mais causam impactos ambientais, econômicos e sociais. Por isso, o objetivo neste
trabalho foi realizar a caracterização espacial e temporal dos alagamentos no
município de São Paulo – SP, durante o ano de 2018, e identificar os fatores de
suscetibilidade das bacias hidrográficas aos alagamentos. Para isso, a metodologia
do estudo foi desenvolvida de três formas: (a) avaliação da distribuição temporal dos
alagamentos, (b) avaliação da distribuição espacial dos alagamentos e (c)
identificação de características físicas e fisiográficas relacionadas com a maior
ocorrência de alagamentos. A distribuição temporal foi avaliada pela análise da
distribuição de frequências relativas da ocorrência de alagamentos ao longo do ano
e a distribuição espacial foi realizada a partir do número absoluto de alagamentos
por Subprefeitura e curso d’água do município de São Paulo. Foram observados 264
alagamentos, sendo a maior ocorrência no período de maior pluviosidade,
compreendendo os meses de janeiro a março e de novembro a dezembro e as
subprefeituras da Sé, Lapa, Pinheiros e Santo Amaro. Concluiu-se que bacias
hidrográficas sujeitas a precipitações mensais acima de 100 mm, com coeficiente de
compacidade acima de 1,70, este índice não se aplica a alagamentos como pode
ser aplicado a enchentes, pois é imprescindível que não seja avaliado cada fator de
forma individualizada e sim em um conjunto que associados irão influenciar na
suscetibilidade de cada bacia, desnível geométrico total acima de 160 m e índice de
vegetação por diferença normalizada (NDVI) médio inferior a 0,20, possuem alta
suscetibilidade a alagamentos.