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Em busca de uma agricultura sustentável, estudos têm mostrado aumentos
significativos na produtividade de grãos com o uso de bactérias diazotróficas
fixadoras de nitrogênio atmosférico inoculadas na semente, como o Azospirillum
brasilense. Normalmente, produtores cautelosos quanto à perda da produtividade
devido a doenças e pragas utilizam métodos preventivos de controle, como o
tratamento de sementes, que protege a cultura no início do ciclo. Porém, antes é
preciso verificar a compatibilidade do produto com o inoculante, principalmente em
gramíneas, onde são incipientes os estudos. Assim, o objetivo deste trabalho foi
estudar o efeito da inoculação de Azospirillum brasilense via semente, bem como de
seu uso conjunto com inseticida/fungicida no desenvolvimento da planta e na
produtividade de grãos de trigo. A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Camilo
Castelo Branco, Fernandópolis/SP, em 2011 e 2012, com os cultivares IAC 370 e
IAC 373, em um delineamento experimental de blocos casualizados disposto em
esquema fatorial 2 x 5, com 4 repetições. Os tratamentos foram constituídos pela
inoculação de sementes (com e sem Azospirillum brasilense) e tratamento com
inseticida/fungicida (testemunha; vitavax + thiram; metalaxil + fludioxonil;
imidacloprid + tiodicarbe e fipronil). Foram efetuadas as determinações da altura da
planta, massa hectolítrica e de 1000 grãos e produtividade de grãos. Concluiu-se
que a inoculação de sementes com Azospirillum brasilense não interfere na altura da
planta e proporciona acréscimos de 9,8% (2011) e 23% (2012) na produtividade de
grãos de trigo, substituindo parte do nitrogênio necessário à cultura. Os defensivos
vitavax + thiram, metalaxil + fludioxonil, imidacloprid + tiodicarbe e fipronil utilizados
na semente quando combinados com o Azospirillum brasilense não interferem na
eficiência da bactéria. |
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