Abstract:As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Estratégias de Saúde da
Família (ESF) são estabelecimentos que prestam serviços de atenção básica à
população de um município. O gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde
(RSS) gerados por estas unidades acontece por etapas interdependentes cuja
finalidade é preservar o bem-estar dos funcionários, conservar o meio ambiente e dar
segurança à população. No Brasil há uma extensa legislação que regulamenta a
questão junto às unidades geradoras. O presente estudo objetivou analisar o
gerenciamento desses RSS em UBS e unidades de ESF do município de Ilha Solteira,
no período de 2011 a 2018, utilizando-se da pesquisa bibliográfica e documental,
associada à observação e registro fotográfico das ações de gerenciamento adotadas
pela administração municipal. Constatou-se que o município possui um Plano de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos que, desde 2012, estabelece o correto
gerenciamento dos resíduos, como obrigação dos gestores da saúde e demais
trabalhadores destas instituições. De acordo com os dados obtidos, pode se observar
um distanciamento entre o conhecimento dos profissionais de saúde a respeito dos
Resíduos de Serviços de Saúde e os aspectos conceituais dessa temática. Assim,
confunde-se a definição de “Resíduos de Serviços de Saúde” a de “Resíduos
Infectantes”, além de serem utilizados outros termos para citar este tipo de resíduo, e
a falta de capacitação e de conscientização sobre a corresponsabilidade sobre estes
resíduos durante os processos de geração, manuseio e destino final de forma correta.
A eficiência na prestação dos serviços é uma busca constante, mas falta atenção em
pontos fundamentais. Conclui-se que o sistema necessita de maior aprimoramento.
Investimentos na educação continuada, treinamento dos profissionais de saúde e
esclarecimento da população mostram-se fundamentais para a solução das questões
que envolvem o gerenciamento adequado dos RSS e o correto cumprimento da
legislação.