Abstract:A contaminação dos corpos hídricos por atividades antrópicas pode alterar a qualidade
das águas. Dessa forma, objetivou-se com este estudo monitorar a presença e
concentração de Escherichia coli na água do Parque do Carmo, SP, e avaliar a
resistência a antibióticos de cepas isoladas da água. Foram analisados 3 pontos de
coletas. Os pontos foram identificados como: P1 – Córrego com mata ciliar preservada
que abastece a Lagoa principal, P2 - Lagoa secundária sem vegetação ciliar e P3 –
Lagoa principal sem vegetação ciliar. Foram mensuradas mensamente durante um ano,
as variáveis de temperatura e pH nos diferentes pontos de coleta. A concentração E.
coli foi realizada por inoculação das amostras em placas 3M PetrifilmTM, incubadas em
estufa a 37ºC por 48 horas. Os isolados foram semeados em placas de Petri contendo
Ágar Mueller Hinton. O perfil de resistência aos antibióticos foi avaliado pela técnica de
difusão em disco. A temperatura da água e a pluviosidade foram maiores nos meses de
verão, e o pH se enquadrou na faixa estabelecida pela legislação Conama 357/05 (6,0
a 9,0). Coliformes totais foram observados em 100% das amostras. As maiores
concentrações foram registradas no P1. Os resultados de E. coli estão dentro dos
parâmetros definidos em legislação onde o máximo de concentração é 1000 UFC/100
mL de água analisada. As cepas isoladas apresentaram resistência em três pontos, no
P1 amoxicilina 41,67%, eritromicina 75,00% e tetraciclina 66,67%; no P2 amoxicilina
33,33%, eritromicina 66,67%, tetraciclina 25%; e P3 eritromicina 91,67%, nitrofurantoína
33,33% e tetraciclina 33,33%. A água do Parque do Carmo possui concentrações de E.
coli que se enquadram nos limites permitidos para corpos d´água de classe 2. As cepas
de E. coli isoladas da água do parque demonstraram-se resistentes aos antibióticos
amoxicilina, eritromicina e tetraciclina.