Abstract:O desenvolvimento de novas plataformas para (bio)sensores éárea crescente
de estudo, bem comoo emprego de novos materiaisnodesenvolvimento de
plataformas flexíveis.Dentre as principais características desse tipo de plataforma,a
flexibilidade,biocompatibilidade e não toxicidade são desejáveis, visando
conferirpotencial adaptativo ao dispositivo,permitindo ser utilizado inclusive como
sensores vestíveis.Nesse contexto,a presente pesquisa teve como objetivo a
produção de membranas flexíveis a base de quitosana visando o uso como
plataforma de sensores flexíveis/vestíveis.As membranas foram produzidas
utilizando quitosana (Qui)pura ou mista com 10%,30% e 50% (p/p) de
polietilenoglicol (PEG)por meio da técnica casting (evaporação de solvente) de
formação de filmes. Adicionalmente, foi produzida uma membrana com Qui/PEG
30% e nanopartículas de ouro (AuNps), visando condução elétrica. As
caracterizaçõesdas membranas foram feitas através de medidas de espectroscopia
de absorção na região do infravermelho (FTIR), medidas de resistividade (quatro
pontas), ensaio mecânico de tração e análises termogravimétricas (TGA). Os
resultados mostram que membranas homogêneas e sustentáveis,com
espessuravariando entre 20 a 60 µm foram obtidas.Os espectos FTIR mostram as
principais bandas vibracionais para grupos químicos de Qui, PEGe AuNps. Testes de
resistividade demonstraram que todasas membranas apresentam
comportamentoresistivo a passagem do fluxo de corrente elétrica, sendo que a
concentração de AuNps adicionada não alterou essa propriedade. O uso do PEG
como plastificante melhorou as propriedades mecânicas das membranas. Os testes
de resistência a tração mostraram que membranas formadas por quitosana pura são
mais resistentes a tração e se rompem com maior facilidade (menor deslocamento),
já as com adição de 10% (p/p) de PEG (Qui/PEG 10%) foram efetivamente
plastificadas, mostrando-se mais flexíveis. Curvas de TGA demonstraram boa
estabilidade térmica das membranas, sendo que entre 10 e 20% de massa foi
perdida até a temperatura de 200ºC. Tais resultados sugerem que a membrana
produzida com Qui/PEG 10% é um material promissor para uso como plataforma
flexível.